terça-feira, 17 de julho de 2012

Putas e vinho verde...


Não me lembro de metade da noite. Não sei onde estou, nem como aqui vim parar. A casa tem boa cara, e as caras, oh, e que caras... uma das empregadas pisca-me o olho, passa e língua pelos lábios, verga-se para que me seja possível entrever as perfeitas rotundidades que apresenta, a bel prazer, por entre um decote de proporções consideráveis, sendo simpático nas palavras.
A sala apresenta-se pouco iluminada, uma media-luz, um lusco-fusco próprio daquilo que de mais erótico há. Mas aqui não há nada que possa adquirir legitimamente esse nobre adjectivo. Uma absorta podridão apodera-se de todo o espaço, recantos bafientos inclusivé.
Como é que aqui vim parar?
Lembro-me dum jantar. Duma conversa acesa com uma catraia que não devia ter mais que a idade normal de quem acaba a escolaridade obrigatória. “A idade é um posto” é uma expressão extremamente subaproveitada nos dias que correm.

Um comentário:

  1. Bom saber-te a escrever por estas bandas não menos bafientas, até então!

    ;)

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